Sumário

I - O que é hardware?
I.1 - Gabinete.
I.2 - Dispositivos de entrada.
I.3 - Dispositivos de saída.
I.4 - Teclado.
I.5 - Placa de rede.
I.6 - Placa de vídeo
I.7 - Tipos de placas de vídeo (on-board e off-board)
I.8 - Processador



HARDWARE

O hardware é o nome dado para a parte física do computador, ou seja, tudo aquilo que podemos ver e tocar, como os dispositivos de entrada, os dispositivos de saída, o teclado e a CPU. Cada um dos componentes do hardware é composto de outros componentes eletrônicos, como placas, conexões, cabos, etc.

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GABINETE

O gabinete é uma caixa metálica (com elementos de plástico) horizontal (desktop) ou vertical (torre), em que ficam todos os componentes do computador (placas, HD, processador, etc).

O gabinete possui locais de encaixe para as placas e uma unidade de fonte elétrica, que converte a corrente elétrica alternada em corrente contínua para alimentar todos os componentes. Assim, a fonte de alimentação elétrica deve ter uma potência adequada para a quantidade de periféricos que se pretende instalar no microcomputador. Quanto mais componentes se deseja instalar mais potência será necessária.

Portanto, a placa mãe, os drives, o disco rígido (HD) e o cooler (ventilador), devem ser ligados à fonte. As placas conectadas nos slots da placa-mãe recebem energia por meio dela, de modo que dificilmente precisam de um alimentador exclusivo.

Para ajudar a dissipar o calor gerado pela fonte elétrica, o computador tem um ventilador acoplado (cooler), que joga o calor para fora pela parte de trás e pelos orifícios existentes no gabinete.

Dentro do gabinete são instaladas as placas, que são grupos de circuitos eletrônicos que servem para comandar o microcomputador e seus periféricos.

As principais placas já vêm instaladas quando se compra o microcomputador, mas outras podem ser instaladas, para melhorar o desempenho, tais como placa aceleradora de vídeo ou placa de som.

Atualmente, o modelo padrão de gabinete é o ATX , pois o AT, apesar de ser ainda utilizado, foi descontinuado. É importante lembrar que o gabinete, a fonte e a placa-mãe precisam ser de um mesmo padrão, pois caso contrário, fica praticamente impossível conectá-los.

No gabinete encontramos vários componentes importantes, entre os quais podemos destacar:

(1)O processador é o cérebro do computador, pois é nele que são executadas as instruções e cálculos que permitem que os resultados desejados pelo usuário sejam obtidos.

(2)o disco rígido , responsável pelo armazenamento principal dos dados no computador;

(3)a placa de vídeo , que é uma placa eletrônica que faz a conexão da CPU com o monitor;

(4)a placa de rede , também uma placa eletrônica que permite a conexão de um computador com outros computadores;

(5)a fonte de energia , onde conectamos o cabo de força que fará a alimentação de energia elétrica do computador.

(6)a placa-mãe, que centraliza e permite a comunicação de todas as conexões das placas e do processador numa só estrutura;

(7)os módulos de memória , cuja funcionalidade é armazenar as informações utilizadas pelo processador. É um componente importante para definir o desempenho do computador;

(8)leitor de CD/DVD , que permite ao computador ler Cds/DVDs de áudio ou dados.

Foto interna de um gabinete

(1)processador, (2)disco rígido - HD, (3) placa de vídeo, (4) placa de rede, (5) fonte de energia,(6) placa-mãe, (7) módulos de memória,(8) leitor de Cds/DVDs

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DISPOSITIVOS DE ENTRADA


Para fazermos o processamento de um conjunto de dados, primeiramente, é necessário fornecê-lo ao computador. Para isso, devemos ter alguma forma de interagir com ele, inserindo dados e instruções para que ele calcule os resultados desejados.

Para inserir os dados e instruções, usamos os Dispositivos de Entrada de Dados. Esses dispositivos são fundamentais para a operação de um computador por um usuário. Para os computadores atuais, dois dispositivos são praticamente indispensáveis: o teclado e o mouse.

Os dispositivos de entrada permitem ao usuário do computador introduzir dados, comandos e programas na CPU. O dispositivo mais comum é o teclado, utilizado na interação direta dos usuários com o computador. O princípio de operação do teclado é simples: gerar um símbolo para cada tecla pressionada. Ele pode ser visto com uma matriz de x linhas e Y colunas nas quais entram em contato quando uma tecla é pressionada.

Outros dispositivos de entrada são as canetas óticas, que transmitem informações gráficas da mesa digitalizadora até o computador. O joystick e o mouse, que converte o movimento físico em movimento dentro de uma tela de computador .

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DISPOSITIVOS DE SAÍDA


Uma vez que fizemos a inclusão dos dados através de um dispositivo de entrada e o computador realizou o processamento, é o momento de obtermos o resultado final da operação através de um Dispositivo de Saída.

Os dispositivos de saída permitem ao usuário ver o resultados dos cálculos ou das manipulações dos dados do computador, fazendo uma comunicação no sentido do computador para o usuário.

O monitor é um dos dispositivos de saída de um computador que serve de interface ao usuário, na medida em que permite a visualização e interação com os dados disponíveis. Também é genericamente chamado de vídeo ou tela. Junto com o teclado e com o mouse, formam o conjunto principal de interação entre o usuário e o computador.

Existem diversos tipos de monitores. Os mais comuns são os que utilizam a tecnologia dos tubos de raios catódicos (CRT), cujo princípio também é utilizado para a formação das imagens numa televisão comum. Nos últimos anos, outras tecnologias também tem sido utilizadas, tais como telas de cristal líquido (LCD) e LED. Nos computadores portáteis e nos telefones celulares também encontramos estas tecnologias.

A impressora é um periférico que, quando conectado a um computador ou uma rede tem a função de dispositivo de saída imprimindo textos gráficos ou qualquer outro resultado de uma aplicação.

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TECLADO

O teclado de um computador tem uma grande parte que é ocupada pelas teclas de letras e números. As demais teclas dividem-se em funções como movimentação, configuração e controle de textos e comandos para o computador.

Podemos encontrar vários tipos de teclados. O teclado da foto abaixo, padrão ABNT2, é o mais fácil de ser encontrado no Brasil.

Teclado

As teclas especiais e suas funções

O teclado é o instrumento do computador que nos permite escrever e executar comandos variados. As teclas podem trazer letras do alfabeto, números, acentos, caracteres especiais ou funções específicas.

No trabalho com textos é necessário um bom conhecimento do teclado e do funcionamento de teclas isoladas ou conjuntamente com outras.

Praticamente tudo que se faz com o uso do mouse se faz também através do teclado.

A maioria das teclas abaixo explicadas são abreviaturas de termos em inglês. Alguns teclados mais novos já vem substituindo os nomes dessas teclas por símbolos, setas ou mesmo traduzindo esses termos para o português.

Tecla Esc (abreviatura de escapar)

Você pode pressionar Esc para sair de uma tarefa que esteja executando. Em muitas situações, para cancelar uma operação pressionamos a tecla Esc.

Tecla Tab (significa tabulação)

A tecla provoca um salto à direita de oito espaços ou caracteres. Em alguns teclados ela é representada por uma seta para direita seguida de uma linha vertical (→I). Num editor de textos é usada normalmente para dar um espaçamento da margem esquerda.

Tecla Backspace (significa voltar um espaço)

Ao contrário da tecla Tab essa tecla apaga o que está a esquerda do cursor (sinal que fica piscando no monitor e que indica onde estamos em determinado momento). Em alguns teclados ela é representada por uma seta para a esquerda (←)

Tecla Fixa ou Caps Lock (trava a caixa alta)

Esta tecla permite que você insira texto em letras maiúsculas (ASDFG) quando ela está ativada (note que uma luz acende no canto superior direito do teclado quando você pressiona essa tecla). Quando ela está desativada o que é digitado será em letras minúsculas (asdfg).

Tecla Shift (caixa alta)

São duas e em alguns teclados elas é representada por uma seta para cima ( ↑ ). Esta tecla pressionada juntamente com uma letra, por exemplo, faz com que essa letra seja digitada em maiúsculo. Também serve para digitar o símbolo ou caracter que fica em cima dos números e de outros sinais, como por exemplo o sinal de arroba (@) que fica em cima do número 2 ou de porcentagem (%) que fica em cima do número 5.

Tecla Ctrl (Abreviatura de Control - controle)

Funciona como atalho de comandos, ou seja, faz com que o computador realizada uma determinada ação. É usada pressionada em conjunto com o pressionamento de uma ou mais teclas simultaneamente.

Tecla Alt (Alternate)

Como a tecla Ctrl acima também funciona em conjunto com outras teclas e serve igualmente como um atalho de comandos.

Tecla Barra de Espaçamento

Pressione esta tecla (a maior do teclado) para inserir um espaço em branco.

Teclas de Função

Estas teclas (F1 a F12) localizadas na parte superior do teclado permitem que ao serem pressionadas sejam executadas tarefas específicas. Em muitos programas, ao pressionar F1 são exibidas informações de ajuda a quem está usando o computador.

Tecla Enter

Esta tecla é uma das mais utilizadas do teclado. Ela serve para solicitar ao computador que seja realizado algum tipo de processamento. No teclado existem duas teclas Enter: uma localizada logo à direita das teclas alfabéticas e outro no canto inferior direito do teclado de números.

Tecla Num Lock (trava dos números)

A tecla Num Lock, quando pressionada (note que uma luz é acesa ou apagada no canto superior direito do teclado) ativa ou desativa o teclado numérico, localizado no lado direito do teclado. Essa parte do teclado é muito utilizada quando se tem que trabalhar bastante com números.

Tecla Del ou Delete (apagar)

Sua função é apagar a letra, número ou caracter que está a direita do cursor (sinal que fica piscando no monitor e que indica onde estamos em determinado momento). Está localizada entre o teclado alfabético e o numérica.

Tecla Ins ou Insert (inserir)

Esta tecla habilita ou desabilita a inserção de caracteres à direita do cursor.

Teclas de Navegação ( ↑ ← ↓ → )

Localizadas entre as teclas alfabéticas e o teclado numérico elas servem, principalmente, para navegar por um texto. Ao pressionar uma delas podemos percorrer um texto para cima, para baixo, para a direita e para a esquerda.

Teclas Page Up e Page Down (página acima e página abaixo)

Como as teclas de navegação servem também para navegar por um texto ou uma tela da Internet. A diferença é que o salto dá-se por páginas e não por linhas.



PLACA DE REDE

Uma placa de rede (também chamada adaptador de rede ou NIC - Network Interface Card) é um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os computadores de uma rede.

A sua função é controlar todo o envio e recepção de dados através da rede. Cada arquitetura de rede exige um tipo específico de placa de rede; sendo as arquiteturas mais comuns a rede em anel Token Ring e a tipo Ethernet.

Além da arquitetura usada, as placas de rede à venda no mercado diferenciam-se também pela taxa de transmissão, cabos de rede suportados e barramento utilizado (On-Board, PCI, ISA ou Externa via USB). As placas de rede para Notebooks podem ser on-board ou PCMCIA.

Quanto à taxa de transmissão, temos placas Ethernet de 10 Mbps / 100 Mbps / 1000 Mbps. Devemos utilizar cabos adequados à velocidade da placa de rede. Usando placas Ethernet de 10 Mbps, por exemplo, devemos utilizar cabos de par trançado de categoria 3 ou 5, ou então cabos coaxiais. Usando uma placa de 100 Mbps o requisito mínimo a nível de cabeamento são cabos de par trançado blindados nível 5.

Cabos diferentes exigem encaixes diferentes na placa de rede. O mais comum em placas Ethernet, é a existência de dois encaixes, uma para cabos de par trançado e outro para cabos coaxiais. Muitas placas mais antigas, também trazem encaixes para cabos coaxiais do tipo grosso (10Base5), conector com um encaixe bastante parecido com o conector para joysticks da placa de som. E também existem vários tipos.

Placas que trazem encaixes para mais de um tipo de cabo são chamadas placas combo. A existência de 2 ou 3 conectores serve apenas para assegurar a compatibilidade da placa com vários cabos de rede diferentes. Naturalmente, você só poderá utilizar um conector de cada vez.

Placa de rede

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A PLACA DE VÍDEO


Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_v%C3%ADdeo

Placa de vídeo, também chamada de adaptador de vídeo ou aceleradora gráfica, é um componente de um computador que envia sinais deste para o monitor, de forma que possam ser apresentadas imagens ao utilizador. Normalmente possui memória própria, com capacidade medida em octetos.

Nos computadores de baixo custo, as placas de vídeo estão incorporadas na placa-mãe (on-board), não possuem memória dedicada, e por isso utilizam a memória viva do sistema, normalmente denomina-se memória (com)partilhada. Como a memória viva de sistema é geralmente mais lenta do que as utilizadas pelos fabricantes de placas de vídeo, e ainda dividem o barramento com o processador e outros periféricos para acessá-la, este método torna o sistema mais lento. Isso é notado especialmente quando se usam recursos tridimensionais ou de alta definição.

Já em computadores bons e mais sofisticados, o adaptador de vídeo pode ter um processador próprio. Ler placa off-board – http://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_off-board.

Tais processadores, em geral, estão disponíveis em equipamento a ser adicionado ao computador (adaptadores de vídeo), embora existam placas‐mãe e mesmo computadores portáteis que possuam esse recurso.

Também existem duas tecnologias voltadas aos usuários de softwares 3D e jogadores: SLI e CrossFireX. Essa tecnologia permite juntar duas placas de vídeo para trabalharem em paralelo, duplicando o poder de processamento gráfico e melhorando seu desempenho. SLI é o nome adotado pela nVidia, enquanto CrossFireX é utilizado pela ATI. Apesar da melhoria em desempenho, ainda é uma tecnologia cara, que exige, além dos dois adaptadores, uma placa-mãe que aceite esse tipo de arranjo. E a energia consumida pelo computador se torna mais alta, muitas vezes exigindo uma fonte de alimentação melhor.

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TIPOS DE PLACA DE VÍDEO


Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_v%C3%ADdeo

Avulsas (Off-Board)

Com a evolução das placas 3D, os games passaram a utilizar gráficos cada vez mais elaborados, explorando os recursos das placas recentes. Isso criou um círculo vicioso, que faz com que você precise de uma placa razoavelmente recente para jogar qualquer game atual. As placas 3D atuais são praticamente um computador à parte, pois além da qualidade generosa de memória RAM, acessada através de um barramento muito mais rápido que a do sistema, o chipset de vídeo é muito mais complexo e absurdamente mais rápido que o processador principal no processamento de gráficos. O chipset de uma GeForce 7800 GT, por exemplo, é composto por 302 milhões de transistores, mais do que qualquer processador da época em que foi lançada.

As placas 3D off-board também incluem uma quantidade generosa de memória de vídeo (512 MB, 768 MB, 1GB, 2GB ou mais nos modelos mais recentes), acessada através de um barramento muito rápido. O GPU (o chipset da placa) é também muito poderoso, de forma que as duas coisas se combinam para oferecer um desempenho monstruoso. Com a introdução do PCI Express, surgiu também a possibilidade de instalar duas, ou até mesmo quatro placas, ligadas em SLI (no caso das placas nVidia) ou CrossFire (no caso das placas AMD/ATI), o que oferece um desempenho próximo do dobro (ou do quádruplo) obtido por uma placa isolada.

Integradas à placa-mãe (On-Board)

Longe do mundo brilhante das placas de alto desempenho, temos as placas on-board, que são de longe as mais comuns. Elas são soluções bem mais simples, onde o GPU é integrado ao próprio chipset da placa-mãe e, em vez de utilizar memória dedicada, como nas placas off-board, utiliza parte da memória RAM principal, que é "roubada" do sistema. Mesmo uma placa antiga, como a GeForce 4 Ti4600, tem 10.4 GB/s de barramento com a memória de vídeo, enquanto ao usar um pente de memória DDR PC 3200, temos apenas 3.2 GB/s de barramento na memória principal, que ainda por cima precisa ser compartilhado entre o vídeo e o processador principal. O processador lida bem com isso, graças aos caches L1 e L2. É por isso que os chipsets de vídeo on-board são normalmente bem mais simples: mesmo um chip caro e complexo não ofereceria um desempenho muito melhor, pois o grande limitante é o acesso à memória.

De uma forma geral, as placas de vídeo on-board (pelo menos os modelos que dispõem de drivers adequados) atuais atendem bem às tarefas do dia-a-dia, com a grande vantagem do custo. Elas também permitem rodar os games mais antigos, apesar de, naturalmente, ficarem devendo nos lançamentos recentes. As placas mais caras são reservadas a quem realmente faz questão de rodar os games recentes com uma boa qualidade. Existem ainda modelos de placas 3D específicos para uso profissional, como as nVidia Quadro.

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PROCESSADOR


 

Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Microprocessador

O microprocessador, popularmente chamado de processador, é um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador. Todos os computadores e equipamentos eletrônicos baseiam-se nele para executar suas funções, podemos dizer que o processador é o cérebro do computador por realizar todas estas funções, é tornar o computador inteligente.

Um microprocessador incorpora as funções de uma unidade central de computador (CPU) em um único circuito integrado, ou no máximo alguns circuitos integrados. É um dispositivo multifuncional programável que aceita dados digitais como entrada, processa de acordo com as instruções armazenadas em sua memória, e fornece resultados como saída. Microprocessadores operam com números e símbolos representados no sistema binário.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:InternalIntegratedCircuit2.JPG

Arquitetura interna de um microprocessador dedicado para processamento de imagens de ressonância magnética, a fotografia foi aumentada 600 vezes, sob luz ultravioleta para se enxergar os detalhes

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:AMD_INFERIOR.JPG

Vista inferior de um Athlon XP 1800+ núcleo Palomino, um microprocessador moderno.

O microprocessador moderno é um circuito integrado formado por uma camada chamada de mesa epitaxial de silício, trabalhada de modo a formar um cristal de extrema pureza, laminada até uma espessura mínima com grande precisão, depois cuidadosamente mascarada por um processo fotográfico e dopada pela exposição a altas temperaturas em fornos que contêm misturas gasosas de impurezas. Este processo é repetido tantas vezes quanto necessário à formação da microarquitetura do componente.

Responsável pela execução das instruções num sistema, o microprocessador, escolhido entre os disponíveis no mercado, determina, em certa medida a capacidade de processamento do computador e também o conjunto primário de instruções que ele compreende. O sistema operativo é construído sobre este conjunto.

O próprio microprocessador subdivide-se em várias unidades, trabalhando em altas freqüências. A ULA(Unidade Lógica Aritmética), unidade responsável pelos cálculos aritméticos e lógicos e os registradores são parte integrante do microprocessador na família x86, por exemplo.

Embora seja a essência do computador, o microprocessador diferente do microcontrolador, está longe de ser um computador completo. Para que possa interagir com o utilizador precisa de: memória, dispositivos de entrada/saída, um clock, controladores e conversores de sinais, entre outros. Cada um desses circuitos de apoio interage de modo peculiar com os programas e, dessa forma, ajuda a moldar o funcionamento do computador.


História

O primeiro microprocessador comercial foi inventado pela Intel em 1971 para atender uma empresa japonesa que precisava de um circuito integrado especial para as suas atividades. A Intel projetou o 4004 que era um circuito integrado programável que trabalhava com registradores de 4 bits, 46 instruções, clock de 740Khz e possuía cerca de 2300 transistores. Percebendo a utilidade desse invento a Intel prosseguiu com o desenvolvimento de novos microprocessadores: 8008 (o primeiro de 8 bits) e a seguir o 8080 e o microprocessador 8085. O 8080 foi um grande sucesso e tornou-se a base para os primeiros microcomputadores pessoais na década de 1970 graças ao sistema operacional CP/M. Da Intel saíram alguns funcionários que fundaram a Zilog, que viria a lançar o microprocessador Z80, com instruções compatíveis com o 8080 (embora muito mais poderoso que este) e também de grande sucesso. A Motorola possuía o 68000 e a MOS Technology o 6502. A Motorola ganhou destaque quando implantou o MC68000P12 , de 12 MHz com arquitetura de 32 bits (embora seu Barramento fosse de 24 bits e seu Barramento de endereços de 16 bits), no Neo-Geo, um poderoso Arcade da SNK que posteriormente ganharia a versão AES (console casero) e CD (versão CD), todos eles com o mesmo hardware inicial. Todos os microprocessadores de 8 bits foram usados em muitos computadores pessoais (Sinclair, Apple, TRS, Commodore, etc).

Em 1981 a IBM decidiu lançar-se no mercado de computadores pessoais e no seu IBM-PC utilizou um dos primeiros microprocessadores de 16 bits, o 8088 (derivado do seu irmão 8086 lançado em 1978) que viria a ser o avô dos computadores atuais. A Apple nos seus computadores Macintosh utilizava os processadores da Motorola, a família 68000 (de 32 bits). Outros fabricantes também tinham os seus microprocessadores de 16 bits, a Zilog tinha o Z8000, a Texas Instruments o TMS9900, a National Semiconductor tinha o 16032,mas nenhum fabricante teve tanto sucesso como a Intel, que sucessivamente foi lançando melhoramentos na sua linha 80X86, tendo surgido assim (por ordem cronológica) o 8086, 8088, 80186, 80188, 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium Pro, Pentium MMX, Pentium II, Pentium III, Pentium IV, Pentium M, Pentium D, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Core 2 Quad, Core i3, Core i5 e Core i7. Para o IBM-AT foi utilizado o 80286, depois um grande salto com o 80386 que podia trabalhar com memória virtual e multitarefa, o 80486 com coprocessador matemático embutido e finalmente a linha Pentium, com pipeline de processamento.
Como grande concorrente da Intel, a AMD aparece inicialmente como fabricante de microprocessadores da linha x86 alternativa mas a partir de um certo momento deixou de correr atrás da Intel e partiu para o desenvolvimento de sua própria linha de microprocessadores: K6, Athlon, Duron, Turion, Sempron, Phenom. Paralelamente à disputa entre Intel e AMD, a IBM possuia a linha PowerPC utilizada principalmente pelos microcomputadores da Apple.

A evolução tecnológica envolvida é surpreendentemente grande, de microprocessadores que trabalhavam com clock de dezenas de kHz e que podiam processar alguns milhares de instruções por segundo, atingiu-se clocks na casa dos 7 GHz e poder de processamento de dezenas de bilhões de instruções por segundo. A complexidade também cresceu: de alguns milhares de transístores para centenas de milhões de transístores numa mesma pastilha.

O CPU tem como função principal unificar todo o sistema, controlar as funções realizadas por cada unidade funcional, e é também responsável pela execução de todos os programas do sistema, que deverão estar armazenados na memória principal.

Modelos de computação

Existem dois modelos de computação usados em processadores:

  • CISC (em inglês: Complex Instruction Set Computing, Computador com um Conjunto Complexo de Instruções), usada em processadores Intel e AMD; possui um grande conjunto de instruções (tipicamente centenas) que são armazenadas em uma pequena memória não-volátil interna ao processador. Cada posição desta memória contém as microinstruções, ou seja, os passos a serem realizados para a execução de cada instrução. Quanto mais complexa a instrução, mais microinstruções ela possuirá e mais tempo levará para ser executada. Ao conjunto de todas as microinstruções contidas no processador denominamos microcódigo. Esta técnica de computação baseada em microcódigo é denominada microprogramação.

  • RISC (em inglês: Reduced Instruction Set Computing, Computador com um Conjunto Reduzido de Instruções) usada em processadores PowerPC (da Apple, Motorola e IBM) e SPARC (SUN); possui um conjunto pequeno de instruções (tipicamente algumas dezenas) implementadas diretamente em hardware. Nesta técnica não é necessário realizar a leitura em uma memória e, por isso, a execução das instruções é muito rápida (normalmente um ciclo de clock por instrução). Por outro lado, as instruções são muito simples e para a realização de certas tarefas são necessárias mais instruções que no modelo CISC.

Propósito geral e dedicado

Durante o processo de desenvolvimento do design de um processador, uma das características que se leva em conta é o uso que ele se destina. Processadores gráficos e controladoras por exemplo não tem o mesmo fim que um processador central. Processadores de propósito geral podem executar qualquer tipo de software, embora sua execução seja mais lenta que o mesmo sendo executado em um processador especializado. Processadores dedicados são fabricados para executarem tarefas específicas, como criptografia, processamento vetorial e gráfico, sendo nesse caso bem mais rápidos do que processadores de propósito geral em tarefas equivalentes.

Processadores multinucleares

Até poucos anos atrás usou-se microprocessadores para atividades domésticas ou de negócios com simples núcleo. Atualmente estão sendo utilizados microprocessadores de múltiplos núcleos para melhorar a capacidade de processamento. Espera-se que no futuro os Sistemas Operacionais domésticos sejam compilados para trabalhar com processadores de múltiplos núcleos corretamente, realizando assim inúmeras tarefas ao mesmo tempo (como já acontece com os supercomputadores).

Sistemas multiprocessados

Em muitos sistemas o uso de um só processador é insuficiente. A solução nesses casos é usar dois ou mais processadores em multi processamento, aumentando assim a quantidade de processadores disponíveis ao sistema operacional. Sistemas multiprocessados podem ser de basicamente dois tipos:

  • Multiprocessamento simétrico (SMP): os processadores compartilham a mesma memória, embora possam ter caches separadas. O sistema operacional deve estar preparado para trabalhar com coerência de caches e, principalmente, evitar condições de corrida na memória principal.

  • Acesso não uniforme à memória (NUMA): a cada processador é associado um banco de memória. Nesse caso, o sistema operacional trata cada banco separadamente, pois cada banco tem um custo de acesso diferente, dependendo de qual o processador a que está associado e onde está sendo executado o processo que tenta acessar a memória.

Para saber mais...

http://informatica.hsw.uol.com.br/microprocessadores.htm

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Última atualização: segunda, 27 mai 2013, 08:31